Dom, Talento e Sorte

Três substantivos interligados que ditam a carreira de sucesso, de qualquer indivíduo, aqui em especial, do Árbitro de Futebol.
Dom é o potencial para se desempenhar qualquer atividade de forma diferenciada; talento também é dom, diferencia-se deste por ser desenvolvido, adquirido; Sorte é destino, de quem trabalha duro e tem objetivo.

Em nosso meio, muito se fala que o dom de ser árbitro acabou. Também acho, mas, de certa forma. Antigamente o árbitro surgia nos campos de peladas, aos trancos e barrancos, na marra mesmo. Era ruim de bola, apitava a pelada. Depois de muito insistir fazia um curso rápido, e às vezes, mesmo não sendo aprovado, ia trabalhar, pela FMF, no futebol amador da capital. Os mais capazes passavam para o futebol de base e profissional. Uma luta árdua, com muitas histórias fantásticas e maravilhosas que conhecemos.

Hoje, ao contrário, ser árbitro, surge do desejo pelo mesmo sucesso dos ases da arbitragem que desfilam pela TV, no horário nobre. De estar junto aos ídolos do futebol. Muitos motivos, até mesmo seria, alguns imaginam, porque o árbitro também ganha milhões de reais! E a partir disso, passam por um extenso curso com exigência de escolaridade, de alto investimento, provas, estágio, têm sua vida particular e financeira exposta, para aí sim...ufa...começar a atuar. Será, que apenas por ter dom, alguém passaria facilmente por tudo isso. Acho que não!

Por isso, o talento para ser árbitro, hoje, seria um substantivo mais apropriado. Talento requer treinamento, disciplina e perseverança.Tem de querer pagar o preço! Não tem mais lugar, o árbitro por ocasião. Tem espaço aquele que tem "febre", vontade, transpiração, paciência e humildade. De saber, que seu momento, sua hora vai chegar.

Portanto, hoje, do homem se faz um árbitro de sucesso. Não menos meritório que antes, mas com mais competências teóricas, físicas, táticas, psicológicas e acrescentaria comunicacionais. Estas, que comentarei, com mais profundidade, em postagem futura.
Um forte abraço.

Avaliação do desempenho X Ranking dos Árbitros

A avaliação do desempenho é uma das ferramentas da gestão de recursos humanos moderna. Voltada para a avaliação dos colaboradores, em estabelecer remuneração justa, traçar objetivos e muito mais. Vem de encontro ao tema que sempre discutimos em nossas viagens e papos informais: O Ranking dos Árbitros.

O futebol modernizou-se absurdamente. As equipes mensuram quase tudo: quantidade de gols, passes, assistências, arremates, posse de bola, etc. Envolvem cifras milionárias em transações e a arbitragem permanece cercada de pragmatismo. Enquanto poderia se desenvolver sem abandonar seus preceitos básicos.

Mas como toda mudança, requer melhores e maiores debates para ser aplicada e adotada com sucesso. Estudando-se uma forma que contemple as características do quadro de árbitros. Portanto, tenho certeza, que merece a atenção de nossas autoridades.

Para mim, é uma ferramente indispensável na gestão dos árbitros. Que seria de enorme utilidade prática e agregaria muito valor ao grupo. Senão, vejamos:

1) Definição obrigatória da carreira do árbitro, pois o mesmo teria que cumprir etapas indispensáveis para o seu crescimento;

2) Sabedor de suas reais condições e posicionamento no ranking, o árbitro, teria melhores e verdadeiras expectativas quanto ao seu aproveitamento;

3) Seria um fator de maior união para o grupo. Afastando aquele sentimento de alguém estar sendo favorecido em detrimento da meritocracia;

4) Motivação do grupo na busca pelas melhores posições dentro do ranking;

5) Através dessa classificação pode-se instituir uma premiação e/ou troféu pelo alcance da liderança. Seja, mensal, semestral, anual ou por um torneio específico;

6) Confere maior credibilidade aos sorteios e escalas perante os clubes e demais entidades desportivas;

7) Adoção de parâmetros de avaliação e pontuação. A partir dos quais o árbitro teria condições de uma auto-avaliação e desenvolver-se mais em determinadas competências. Trocar experiências dentro do grupo e/ou buscar outras ferramentas nesse sentido.

Tenho convicção que, se pesquisarmos, vamos encontrar mais motivos que aqueçam esse tema.

Podem haver opiniões negativas à respeito da classificação/ranking dos árbitros, mas acho que seriam frágeis.Eu mesmo, me esforço aqui, mas não as encontro.

Um forte abraço!

O Blog Arbitragem Independente terá orientação e diretrizes básicas

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