domingo, 18 de maio de 2014

Poeira, suor e coragem


Poeira, suor e coragem fazem um grande árbitro.
Estive no campo do cachoeirinha no sábado e tive a oportunidade de reviver o futebol de várzea de Belo Horizonte.
É no futebol amador que surgem os grandes árbitros. Primeiro a coragem de estar ali, disposto a tudo e aplicar a justiça em campo; depois com muito suor correr em busca do sonho, de acertar cada lance e se impor em campo; por fim encerrar com chave de ouro, cuspir,  retirar a poeira do seu corpo e quem sabe sair anonimamente de cena.
Foi assim que vi um jovem árbitro assistente atuando naquela partida. Um "zé ninguém", desconhecido, sem sobrenome, um adjetivo para aqueles que o viam das cercas do campo, mas para ele um grande sonho e esperança. Corria pra lá e pra cá, desenvolto, carrancudo, marcava e olhava sério para os atletas, parecia sumir em campo, mas resurrgia das nuvens de poeira apontava a bandeira e seguia em frente.
Pensei comigo, cara bom sô! Tem toda chance de ser um grande árbitro.
No final da partida, questionei o anônimo árbitro assistente o porquê de não estar na FMF e disse que não tinha  curso oficial e nem recursos financeiros para inscrever-se.
Esta aí, outra questão para a entidade maior do futebol mineiro, avaliar a possibilidade do curso de árbitros ter uma bolsa para jovens carentes. Cobrindo 100% e quando estiver atuando pela entidade pagar parceladamente.
A várzea legitima o bom árbitro. De lá e somente por lá surgem os grandes árbitros.
Um abraço a todos!

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sexta-feira, 16 de maio de 2014

www.contrateartistas.com.br NÃO! A Arbitragem não é circo!

A mídia abraçou a causa da discriminação da mulher no trabalho.

Tão nobre, quanto qualquer causa que combata a discriminação em todos os níveis sociais, econômicos, étnicos, culturais e etc, dou meus parabéns!

Mas vi tal situação por outros olhos. E, tenho minha simples e sinceras considerações:

Não acho que *merchandising e arbitragem sejam atividades compatíveis. Sou do tempo que arbitragem boa entrava e saía despercebida do campo de jogo. Com a devida seriedade que a função carrega e exige de seus integrantes. Desde os tempos que aprendi a ver e gostar da arbitragem com: Maurílio José Santiago, Alvimar Gaspar dos Reis, Márcio Resende de Freitas, José Mocelin, Armando Marques, Marco Antônio Cunha, Antônio William Gomes, Boschilla e muitos outros.

E todos que conhecem a arbitragem, sua cultura, as dificuldades que as mulheres enfrentam na atividade, sabem que foi um desserviços e retrocesso para todas elas. Enquanto alguém se promove e ganha com a audiência!

Um abraço a todos!

*substantivo masculino
1. Conjunto de técnicas de marketing relativas à colocação de um produto no mercado.notadamente em relação à maneira como o produto é exposto relativamente à concorrência.
2. Estratégia de marketing que utiliza produtos utilitárioscomo canetascanecascamisolasetc., para promover um outro produto ou serviço.
 Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
http://www.priberam.pt/dlpo/merchandising (consultado em 16/05/2014)


quarta-feira, 14 de maio de 2014

O árbitro sofre com a violência!

O Árbitro sofre com a violência de várias formas. É até difícil enumerar, mas tentarei:

1) A violência física. Normalmente realizada pelos covardes, que só a realizam após instigarem outros e terem seu apoio para agir. Costumeiramente fogem feito galinhas assustadas!

2) O abuso financeiro. Pois sua remuneração esta bem aquém da importância de seu trabalho e as altas cifras movimentadas pelo futebol. Com o atraso no pagamento de taxas, etc.

3) As asneiras dos dirigentes. Que apenas defendem os resultados de sua equipe. E denigrem a imagem do árbitro para justificar seus erros. Quando erram a seu favor, fica caladinho. Quando é contra: - o árbitro fulano #@()*&# não presta!

4) A anti-ética da imprensa. Só dá voz ao árbitro se estiver envolvido em polêmica e erros. Na busca pela audiência vale tudo e pouco importa as condições dos árbitros.

5) O despotismo dos diretores da arbitragem. Que escalam sem analisar a competência e sim favores e/ou pedidos de terceiros. Que não aceitam que o árbitro se expresse. Que acha que árbitro bom é árbitro inconsciente. Que escalam um árbitro sem nenhuma condição técnica e prejudicam o nome da classe que luta.

Parabéns aos árbitros pelo movimento de indignação. Espero que os autores da violência, e não só as equipes sejam punidas. Para que o exemplo possa refletir em todo o meio futebolístico.

Um abraço a todos!


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Triste ver e comparar as escalas de árbitros para os clássicos!

ATLÉTICO X CRUZEIRO
Árbitro
Árbitro Assistente 1
Árbitro Assistente 2
Quarto Árbitro
Árbitro Assistente Adicional 1
Árbitro Assistente Adicional 2
Assessor
Delegado

FLUMINENSE X FLAMENGO
Árbitro
Árbitro Assistente 1
Árbitro Assistente 2
Quarto Árbitro
Árbitro Assistente Adicional 1
Árbitro Assistente Adicional 2
Assessor
Delegado

SÃO PAULO X CORINTHIANS
Árbitro
Árbitro Assistente 1
Árbitro Assistente 2
Quarto Árbitro
Árbitro Assistente Adicional 1
Árbitro Assistente Adicional 2
Assessor
Delegado


Triste ver e comparar as escalas de árbitros para os clássicos!
Tenho direito e dever de me indignar! Mas sempre oferecendo críticas construtivas.

Fico indignado, por que Minas Gerais deve permanecer sendo anfitriã da arbitragem de outros Estados em jogos entre suas equipes? E nossos árbitros não têm oportunidade de crescimento e valorização?
Está mais que provado e experimentado que “árbitro de fora” não é a solução. Em São Paulo e no Rio de Janeiro é impensável. E, como nós, árbitros de outros Estados também sofrem!

Seria uma boa solução: a Comissão de Árbitros da CBF apadrinhar as Comissões Estaduais, fortalecendo-as e impedindo que sejam alvo das paixões clubísticas caseiras, determinando que nos jogos entre equipes do mesmo Estado, toda a equipe de arbitragem seja desse Estado.


Se a CA-CBF quer árbitros qualificados em seus quadros devem apoiá-los em seus Estados de origem e durante toda a temporada. Esta medida com certeza agregaria muito valor ao quadro de árbitros Nacional. Aí sim, surgiriam mais nomes e opções nas escalas.

Para as CEAF´s regionais oportunidade de desenvolvimento de seu quadro de árbitros e blindagem contra os maus dirigentes.

Um abraço a todos!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

“A máfia da federação mineira chegou!”



 “A máfia da Federação Mineira chegou” são palavras de alguns torcedores, dirigentes, imprensa, árbitros...ávidos por criticar a arbitragem, dentro de suas paixões inconsequentes.
Mas essa reação ocorre, principalmente, por culpa da arbitragem. Quando falo arbitragem, quero dizer: árbitros, dirigentes e comissões em todas as hierarquias. Pois, suas ações não consideram as expectativas e necessidades de todas as partes envolvidas no futebol.
Todo trabalho, projeto, planejamento têm mais condições de obterem sucesso se são compartilhados e conhecidos por todos os envolvidos.
Por isso, sou a favor da realização do Congresso Técnico da Arbitragem. Um encontro exclusivo para se discutir a situação atual da arbitragem e rumos futuros. No qual a arbitragem irá se apresentar para o meio futebolístico. Demonstrando sua realidade atual, seu trabalho, sua preparação, sua formação, suas metas e objetivos. Depois todas as partes envolvidas irão expor sua visão e expectativas quanto à arbitragem. Feito isso, a arbitragem formata seu planejamento, divulga e executa suas ações.
Quando conhecemos alguém nossas críticas tendem a ser mais racionais e construtivas. Em nosso caso: se os dirigentes soubessem como é nossa dificuldade em ter local para treinamento físico; e os torcedores que não somos profissionais, com dedicação exclusiva; como o árbitro se prepara para atuar, se não tem acesso aos estádios; a imprensa se temos atendimento médico quando nos lesionamos; enfim, se soubessem das enormes dificuldades em ser árbitro, teriam as mesmas opiniões?
A arbitragem tem de sair do casulo! Entender que somos prestadores de serviços, em um ambiente econômico, que movimenta cifras milionárias e buscar a excelência. Mas, sem abrir mão da sua importância e papel na condução do futebol. Em ser independente, imparcial e justa.