sábado, 22 de novembro de 2014

Morre árbitro assistente adicional!


Os dirigentes da arbitragem brasileira divulgaram que para 2015 será extinta a função de árbitro assistente adicional. Atestando, portanto, que perdeu-se tempo e muito dinheiro com essa iniciativa. Sem contar o enorme desgaste com a imprensa e desportistas em geral.

Realmente a pressão estava muito grande para chegarmos a essa medida. Dentre as diversas ocorrências negativas, destaquei o acontecido na partida São Paulo 1 x 1 Internacional, do dia 12/11/2014. Por ser mais recente e um episódio para aprendermos. Escala:


Veja o lance: https://www.youtube.com/watch?v=4-E_w-zI95E


Vendo esse equívoco, qualquer um, tem todo o direito de criticar severamente a arbitragem e pedir o fim dos adicionais. Muitas pessoas me abordaram e tive de colocar minha viola no saco...momentaneamente é claro! Por esse episódio o árbitro, o assistente 1 e o adicional 2 estão na "geladeira".

Agora vamos aos fatos visíveis, que me dão o direito de analisar, lembrando que não temos o áudio da breve conversa do sexteto.
1) O árbitro central não indagou corretamente e não teve tranquilidade diante do árbitro assistente, e não se lembrou do árbitro adicional.
2) O árbitro assistente 1, resoluto, confirmou o gol. Não teve a perspicácia de pensar: será que o último toque pode ter sido do atacante? Vou questionar o árbitro e o adicional.
3) O árbitro adicional deve ter pensado: o problema não é meu! E não foi lembrado pelo árbitro, só pela CA que o mandou para geladeira.
4) Ninguém estava à vontade com ninguém.

Essa atuação me autoriza a dizer que o planejamento do trabalho em equipe foi simplista e que a equipe escalada não se deu conta da importância da partida. Não fosse assim, "perderiam mais tempo" e pensariam melhor para tomar tão importante decisão. Que trouxe um grande transtorno para a arbitragem e o campeonato.

Ilustrei o post com essa ocorrência, primeiro por saber que se trata de um fato isolado. Todos nós podemos cometê-lo no stress do jogo. Segundo, por que se tivessem agido assertivamente, era uma dor de cabeça a menos.

As CA´s investem em palestras, simpósios, livros, orientações, circulares, treinamentos práticos, viagens, recursos financeiros e etc...mas continuarão os erros!  

O problema esta na cultura que envolve o trabalho da equipe de arbitragem. A introdução do árbitro adicional foi um enorme avanço. Parecia ser o marco de uma nova arbitragem, que se abria para o futuro e inovações. Deveria servir para aprimorarmos o trabalho da equipe de arbitragem e desmistificar a figura do poderoso árbitro, que não tem sede, não se machuca, não se cansa, vê tudo, sabe tudo, é responsável por tudo, não tem problemas pessoais, não sente calor, por tudo isso, acha melhor errar sozinho! Tudo isso, logicamente, não é uma regra e existem exceções.

O profissionalismo do futebol, as enormes cifras envolvidas e as coberturas televisivas têm de mexer com a arbitragem. Instigar nossos brios, para buscarmos cada vez mais a excelência e estarmos à altura do meio. Se não vamos continuar levando "cacetadas" de todos os lados.

Trabalho de equipe é cooperação, que só acontece com humildade e coragem. Ou seja , não sou o senhor de tudo, preciso do companheiro! Quero que a equipe vença, ofereço o máximo de mim!

Nesse ambiente, os fatos ocorridos na citada partida poderiam ter ocorrido da seguinte forma: O árbitro central (FIFA) não tomaria uma decisão intempestiva, indagaria ao assistente (FIFA) sua visão do lance e o informaria o que ele viu também. Buscaria, com o mesmo nível de confiança, o adicional (CBF2), esquecido naquele instante, para depois decidir. Agindo assim, mostrariam que a equipe estava uníssona no sucesso do trabalho, compatível com tão importante missão!

Um abraço a todos!




segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A força cresce com a luta.

" Parece que a Natureza derruba as pessoas com um golpe da adversidade para saber quem entre elas se levantará e voltará à luta. (Napoleon Hill)
Se você é um árbitro de futebol sabe e experimenta(ou) na carne que essa frase define, muito bem, nossa carreira.

O sofrimento e as mágoas são facetas da nossa vida. São mesmos indispensáveis para forjar nossa moral,  nossa mente, nossa alma. Os revezes e as críticas são nossas companheiras. Eles nos fazem crescer. Trabalhamos sob extrema pressão, críticas, parcialidades e paixões. Parece brincadeira, mas nos olhamos todos os dias. Namoramos com eles, para nos casamos com o sucesso. Por isso, digo sempre, que somos uma elite! 

Não escolhemos essa carreira esperando compaixão de ninguém! Caímos e nos levantamos sempre sozinhos. Se atuamos muito bem em uma partida, uma temporada e amanhã falhamos numa marcação, num penalty, num impedimento, o valor é  mesmo. O reconhecimento e as críticas vêm com a mesma intensidade! É ou não é?  A força cresce com a luta! E a nossa é diária. Nosso valor é muito pessoal, essa conquista é muito nossa e por isso extraordinária. Temos de comemorar a cada dia.

Tudo isso em troca de que? De chegar a comandar grandes jogos e grandes decisões. Desafio, superação, êxtase e poder! Por isso é uma carreira tão desafiadora e nos torna homens melhores. Em saber usar esse poder em prol da justiça em campo. Quem tiver essa coragem, que se apresente! 

Amamos tudo isso! Desejamos tudo isso!

Um forte abraço a todos! Em especial aos companheiros Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Marcelo de Lima Henrique (RJ), inspirações desse post.



domingo, 2 de novembro de 2014

Caminho para o sucesso!

“- Porque eu, que sou mais experiente, mais responsável, mais ágil, mais dedicado e comprometido, tenho menos sucesso profissional do que ele(a)?”

Você já se fez essa pergunta? 

Para nos ajudar a desvendar essa pergunta, vamos tentar completar, mentalmente, os nomes das personalidades abaixo:
                          
Armando...
Arnaldo...
Sidrack
Márcio...
Sálvio...
Alício...
Paulo...



Você notou alguma similaridade? Apesar das diferentes personalidades, facetas e épocas profissionais, podemos perceber que há semelhança na força dos seus respectivos nomes.

Portanto, o nome do profissional é uma das faces do Marketing Pessoal. É a sua principal marca. Então, não permita associar seu nome à apelidos, gírias, diminutivos ou transformá-lo em termos pejorativos. Agora você entenderá porque, nos exemplos acima, os mesmos sempre são identificados com seus nomes compostos: Sidrack Marinho, Márcio Resende de Freitas, Armando Marques, Alício Pena jr, Paulo César de Oliveira, Arnaldo César Coelho e Sálvio Spíndola Fagundes Filho

Podemos definir o Marketing Pessoal como uma estratégia individual para a valorização da nossa imagem. E o nosso nome faz parte, ele é a nossa marca.

E você sabe como e por onde anda o seu? Esta na mídia ou está na “boca do sapo”!!!

Então como podemos, na arbitragem, dar esse poder ao nosso nome. Primeiro devemos internalizar que nada é impossível àquele que sonha. Que o desejo ardente deve ser seguido de planejamento, trabalho e muita perseverança. Perseverar na ética, sendo fiel às próprias opções; no respeito, tratando os companheiros como importantes que são; humildade, sabendo que precisa aprender sempre; otimismo, tendo fé no trabalho e nas pessoas; na empatia, reconhecendo os méritos dos outros e elogiando; excelência, levando a atividade á sério e buscando alto padrão de desempenho; vibração, ter "febre", aquela que conhecemos, de vivenciar a arbitragem no seu dia-a-dia com verdadeira paixão; com espírito de equipe, oferecendo ajuda e torcendo pelos companheiros; tendo integridade, não prejudicando, com excesso de ambição.

Você não acha que seria tão simples, não é? Então mãos à obra, comece já!

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de outubro de 2014

Eureka! Novo comando para a Arbitragem Mineira


O Dr. Castellar Neto como o grego Arquimedes, fez uma descoberta, foi além de nossas fronteiras buscar o novo Diretor de Árbitros: Giulliano Bozzano. Advogado catarinense, 37 anos, ex-árbitro da CBF aspirante-FIFA e atualmente nos quadros da ANAF. Se vê, que, mesmo após o fim antecipado de sua carreira nos campos, manteve-se atuante e por dentro dos bastidores da arbitragem nacional. Isso, aliado à sua juventude, com certeza, conta a seu favor para iniciar essa árdua tarefa.


E "eureka"! Chegou trabalhando e convocando os árbitros ao aprendizado. Espera-se, no senso comum, que essas mudanças aconteçam lenta e adaptavelmente. Mas, como uma avalanche, chegou e trouxe uma tropa de elite da arbitragem brasileira: Alício, Márcio Rezende, Perassi, Braatz, Tonhão e o ex-FIFA paraguaio Carlos Amarilla. (putz!)

Aos meus amigos árbitros cabe perceber que houve uma absurda mudança de postura.  Quem quiser sair na frente deve rever seus conceitos. Pois, uma mudança de tal nível sempre é uma oportunidade àqueles que se sentiam injustiçados. De mostrar seu valor. De deixar o pessimismo para trás e buscar seus sonhos. Um diretor que não conhece os árbitros a fundo, vai querer fazê-lo. E partindo da estaca "zero" é uma grande chance a todos, não é mesmo!?

Cabe então, aprimorar-se em todos os aspectos e não ter vergonha de mostrar a cara. Participar de tudo e atuar com um verdadeiro espírito de cooperação em prol da equipe e sucesso do trabalho.

Toda mudança é complicada e gera expectativas e reações de toda sorte. Mais comumente, a resistência às mudanças se sobressai. Mas se a nova CEAF-MG atuar em alguns aspectos importantes, que sempre debatíamos, em nossas viagens e encontros, como por exemplo: ranqueamento; código de ética; regimento interno; valorização da carreira; comunicação e feed-back da comissão, objetivos e metas, premiação, intercâmbio, etc. Enfim, atuando com respeito e profissionalismo, tem tudo para colocar a arbitragem mineira novamente como referência nacional.

Desejo sorte e um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Profissionalização: mão na bola ou bola na mão!?

Olá, amigos!

Voltando das férias, procurei saber sobre a arbitragem mineira e brasileira em nossos campeonatos, e um comentarista, em referência às dúvidas sobre a "mão na bola" (achei até que a regra tinha mudado, pois precisou até de uma reunião pública para explicar coisa tão básica), citou que os erros devem-se à não profissionalização dos árbitros. Esse é um tema polêmico e que exige a participação de todas as entidades desportivas para se ter uma boa solução. Não vou me atrever a discutir unilateralmente. Apesar de ter minhas considerações.

Mas digo, com toda certeza, que os erros não são frutos da profissionalização ou não do árbitro. E não acabarão nunca!

O que deve acabar é a falácia de atletas, dirigentes e demais críticos em por a culpa, do seu mau desempenho, na conta dos árbitros. Faltam mais denúncias, de árbitros e dirigentes, e mais ações dos tribunais desportivos, contra isso.

Os árbitros, em contra-partida, devem buscar cada vez mais, terem uma atitude profissional na condução de suas carreiras. Os árbitros de ocasião, não têm mais espaços. Devem buscar a excelência Têm de ter em mente que somos prestadores de serviços. Concorremos entre nós pelas escalas e também com os árbitros de outros Estados e estamos obrigatoriamente sob os olhares céticos de todos os desportistas, a nos exigirem ética e imparcialidade.

O incrível é que são algumas características que nos são impostas e nenhuma instituição civil às tem. Prestar serviços nessas condições é um grande desafio. Que venceremos com uma atitude profissional, oferecendo uma arbitragem de resultados. Aperfeiçoando cada vez mais os níveis físicos, técnicos, psicológicos, comunicacionais e táticos, apresentando as estatísticas dessa evolução e mostrando nossa cara. Caberá espaço àqueles que buscam essa direção.

Alguns atribuem à Einstein, a frase: " Fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes é insanidade!". Mas independente do autor, seu contexto é sempre atualíssimo.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de julho de 2014

Renovação JÁ!


Essa é para aqueles que estão esperando a malhada (digo,vaca) ir pro brejo ou 31 de dezembro para dar três pulinhos, usar roupas brancas, e outras boas superstições para atingir seus objetivos, metas, vencer obstáculos ou mesmo por a vida em dia. 

Dizem: "Cavalo arreado só passa uma vez", acho muito duro, mas por qual motivo deixar para depois. Por que não começar hoje, agora mesmo, o que esta esperando!?  Na arbitragem não é diferente. A carreira tem vários etapas e patamares a serem vencidos. E, muito mais, a serem mantidos. Pois, estamos sempre à prova e na mira de muitos olhares críticos, ferozes e exigentes.

Sabe a principal diferença das pessoas bem sucedidas para as outras? Vou te contar...Atitude! Muito simples não é. Desde de que amparadas por conhecimentos e habilidades, os quais você adquire na caminhada.

Como começar?
1º) Estabeleça sua meta principal. Não economize nos desejos. Tudo que pensamos e desejamos pode ser realizado. Desde que seja uma justa pedida, que não prejudique a ninguém. Redija e deixe em local de seu fácil acesso, para leitura constante. Condicione sua mente para o sucesso. Quando temos um objetivo claro o "universo" conspira a nosso favor!

2º) Redija agora os planos que te levarão aos seus objetivos. Você não acha que isso acontece por sorte!? O caminho existe para quem põe o pé na estrada, aí leva consigo seu mapa. E mesmo que aconteçam percalços se mantenha fiel aos seus propósitos. Você deve se enxergar lá na frente.

3º) Busque a ajuda dos bons amigos que encontre pelo caminho, eles são muitos: sua família, seus amigos, um ídolo, um grupo solidário, um livro inspirador, etc. Pelos quais podemos dedicar e comemorar nossas conquistas.

4º)   O que você quer ou esta disposto a dar em troca pelo sucesso que obter. Por que não oferecer tudo de bom que podemos e temos em favor dessa energia cósmica, a força do bem.

5º) Estabeleça prazos-limites para suas conquistas. Para sua avaliações e aprimoramentos necessários.

6º) Por fim, nossos maiores aliados: Fé no trabalho, esperança no sucesso e espírito de agradecimento por tudo que recebemos de DEUS!

Um abraço a todos e sucesso!


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Morre um pedaço da arbitragem brasileira


Morre um pedaço da memória viva da arbitragem brasileira com o falecimento do nosso admirável Armando Marques. A recente debilidade de sua saúde já nos preparava para a tal notícia. Parece, portanto, normal, mas nunca estamos preparados. O fim da vida, o túmulo, nos tornam iguais. Não vale a riqueza, a beleza, os títulos, nada! Mas vale o que fomos e o que representamos para as pessoas que nos rodeiam e amamos.

Citou-se muito na mídia que o Sr.Armando ou Dom Armando foi amado e odiado no mundo do futebol. Mas para a arbitragem foi um verdadeiro ídolo. E, mais, ainda para aqueles que puderam conviver com ele, mesmo que por algumas horas, momentos, a sua presença era inspiradora. Sua palavras, conceitos, experiências, superavam graciosamente a sua impaciência.

Quem não se lembra da frase polêmica: "tem coisa que a gente vê e tem coisa que a gente não vê!". Usada negativamente pelos seus inimigos e desconhecedores da arbitragem para denegrir sua imagem. Mas os conhecedores da arbitragem, sabem que seu contexto na palestra era outro. O de alertar aos árbitros sobre o preciosismo demasiado, de procurar valorizar acontecimentos desnecessariamente, para "aparecer" na partida...o que é um grande erro do árbitro. Eu mesmo tenho uma experiência ilustrativa como árbitro assistente: que ao assinalar a infração do goleiro ao repor a bola em jogo, teria ultrapassado a linha da área de penalti com as mãos, ou seja, alguns centímetros. Final da história: só eu vi! Televisão, torcidas, oficiais do jogo...ninguém viu! PUTZ!!! Que gafe não é mesmo!?

Que todos os jovens árbitros possam sonhar em um dia ser um "Armando"! Atuar com precisão; sem medo de decidir; se expor; comandar com firmeza e elegância; determinar o trabalho da equipe; estudar e discutir as regras em alto nível. E, no fim, ter história para contar e ser um exemplo de profissional.


terça-feira, 8 de julho de 2014

MODA FIFA



Conforme o "cérebro artificial " Wikipédia: "A palavra moda significa costume e provém do latim modus...é uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se vestir ou pentear".

Para a arbitragem, mais particularmente, na Copa do Mundo Fifa, passarela e ápice do futebol, sempre é um momento de se lançar e esclarecer as leis do jogo, interpretações, atitudes e costumes. Numa edição, uma regra nova; outra um uniforme bacana; na última o árbitro malhado, etc.



Mas, convenhamos, nessa eu ainda estou esperando! E, passo a enumerar. Sempre lembrando que críticas devem ser construtivas e oferecerem alternativas.

1.     Está na MODA:  o sistema DAG (detecção automática de gol). Que é uma “revolução” na introdução da tecnologia no futebol.  Mas, seu investimento é muito alto, inacessível ao mundo do futebol e até aqui, nesta Copa, não teve tanta repercussão. Mais importante é que demonstra uma maior flexibilidade dos “velhinhos” da FIFA para o futuro.

2.     Fora de MODA: o spray para demarcar a distância da barreira para nós é um velho conhecido. A dona FIFA demorou né!

3.     Fora de MODA: a nítida orientação da direção da arbitragem no sentido de se economizarem cartões. Para mim, caberia em seu lugar a advertência verbal, contundente e firme. Mas não vimos isso, ao contrário, jogadas violentas sem a devida punição.

4.     Fora de MODA: a demora dos assistentes em assinalarem o impedimento, quando apenas o atleta que estava em posição fora de jogo buscava a bola. Insegurança dos assistentes repassada ao público em geral.

5.     Está na MODA: o comportamento exemplar dos atletas e dirigentes no que diz respeito à interpretação dos árbitros. Certos ou errados sempre contaram, até aqui, com o respeito dos atletas. Não se vê aqueles shows de reclamações durante e após as partidas. Fica um exemplo muito importante para o futebol brasileiro.


6.     Está na MODA, mas a FIFA não quis: o árbitro adicional. Perdeu-se a oportunidade de desenvolverem essa função.

Um abraço e sucesso a todos!

domingo, 18 de maio de 2014

Poeira, suor e coragem


Poeira, suor e coragem fazem um grande árbitro.
Estive no campo do cachoeirinha no sábado e tive a oportunidade de reviver o futebol de várzea de Belo Horizonte.
É no futebol amador que surgem os grandes árbitros. Primeiro a coragem de estar ali, disposto a tudo e aplicar a justiça em campo; depois com muito suor correr em busca do sonho, de acertar cada lance e se impor em campo; por fim encerrar com chave de ouro, cuspir,  retirar a poeira do seu corpo e quem sabe sair anonimamente de cena.
Foi assim que vi um jovem árbitro assistente atuando naquela partida. Um "zé ninguém", desconhecido, sem sobrenome, um adjetivo para aqueles que o viam das cercas do campo, mas para ele um grande sonho e esperança. Corria pra lá e pra cá, desenvolto, carrancudo, marcava e olhava sério para os atletas, parecia sumir em campo, mas resurrgia das nuvens de poeira apontava a bandeira e seguia em frente.
Pensei comigo, cara bom sô! Tem toda chance de ser um grande árbitro.
No final da partida, questionei o anônimo árbitro assistente o porquê de não estar na FMF e disse que não tinha  curso oficial e nem recursos financeiros para inscrever-se.
Esta aí, outra questão para a entidade maior do futebol mineiro, avaliar a possibilidade do curso de árbitros ter uma bolsa para jovens carentes. Cobrindo 100% e quando estiver atuando pela entidade pagar parceladamente.
A várzea legitima o bom árbitro. De lá e somente por lá surgem os grandes árbitros.
Um abraço a todos!

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sexta-feira, 16 de maio de 2014

www.contrateartistas.com.br NÃO! A Arbitragem não é circo!

A mídia abraçou a causa da discriminação da mulher no trabalho.

Tão nobre, quanto qualquer causa que combata a discriminação em todos os níveis sociais, econômicos, étnicos, culturais e etc, dou meus parabéns!

Mas vi tal situação por outros olhos. E, tenho minha simples e sinceras considerações:

Não acho que *merchandising e arbitragem sejam atividades compatíveis. Sou do tempo que arbitragem boa entrava e saía despercebida do campo de jogo. Com a devida seriedade que a função carrega e exige de seus integrantes. Desde os tempos que aprendi a ver e gostar da arbitragem com: Maurílio José Santiago, Alvimar Gaspar dos Reis, Márcio Resende de Freitas, José Mocelin, Armando Marques, Marco Antônio Cunha, Antônio William Gomes, Boschilla e muitos outros.

E todos que conhecem a arbitragem, sua cultura, as dificuldades que as mulheres enfrentam na atividade, sabem que foi um desserviços e retrocesso para todas elas. Enquanto alguém se promove e ganha com a audiência!

Um abraço a todos!

*substantivo masculino
1. Conjunto de técnicas de marketing relativas à colocação de um produto no mercado.notadamente em relação à maneira como o produto é exposto relativamente à concorrência.
2. Estratégia de marketing que utiliza produtos utilitárioscomo canetascanecascamisolasetc., para promover um outro produto ou serviço.
 Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
http://www.priberam.pt/dlpo/merchandising (consultado em 16/05/2014)


quarta-feira, 14 de maio de 2014

O árbitro sofre com a violência!

O Árbitro sofre com a violência de várias formas. É até difícil enumerar, mas tentarei:

1) A violência física. Normalmente realizada pelos covardes, que só a realizam após instigarem outros e terem seu apoio para agir. Costumeiramente fogem feito galinhas assustadas!

2) O abuso financeiro. Pois sua remuneração esta bem aquém da importância de seu trabalho e as altas cifras movimentadas pelo futebol. Com o atraso no pagamento de taxas, etc.

3) As asneiras dos dirigentes. Que apenas defendem os resultados de sua equipe. E denigrem a imagem do árbitro para justificar seus erros. Quando erram a seu favor, fica caladinho. Quando é contra: - o árbitro fulano #@()*&# não presta!

4) A anti-ética da imprensa. Só dá voz ao árbitro se estiver envolvido em polêmica e erros. Na busca pela audiência vale tudo e pouco importa as condições dos árbitros.

5) O despotismo dos diretores da arbitragem. Que escalam sem analisar a competência e sim favores e/ou pedidos de terceiros. Que não aceitam que o árbitro se expresse. Que acha que árbitro bom é árbitro inconsciente. Que escalam um árbitro sem nenhuma condição técnica e prejudicam o nome da classe que luta.

Parabéns aos árbitros pelo movimento de indignação. Espero que os autores da violência, e não só as equipes sejam punidas. Para que o exemplo possa refletir em todo o meio futebolístico.

Um abraço a todos!


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Triste ver e comparar as escalas de árbitros para os clássicos!

ATLÉTICO X CRUZEIRO
Árbitro
Árbitro Assistente 1
Árbitro Assistente 2
Quarto Árbitro
Árbitro Assistente Adicional 1
Árbitro Assistente Adicional 2
Assessor
Delegado

FLUMINENSE X FLAMENGO
Árbitro
Árbitro Assistente 1
Árbitro Assistente 2
Quarto Árbitro
Árbitro Assistente Adicional 1
Árbitro Assistente Adicional 2
Assessor
Delegado

SÃO PAULO X CORINTHIANS
Árbitro
Árbitro Assistente 1
Árbitro Assistente 2
Quarto Árbitro
Árbitro Assistente Adicional 1
Árbitro Assistente Adicional 2
Assessor
Delegado


Triste ver e comparar as escalas de árbitros para os clássicos!
Tenho direito e dever de me indignar! Mas sempre oferecendo críticas construtivas.

Fico indignado, por que Minas Gerais deve permanecer sendo anfitriã da arbitragem de outros Estados em jogos entre suas equipes? E nossos árbitros não têm oportunidade de crescimento e valorização?
Está mais que provado e experimentado que “árbitro de fora” não é a solução. Em São Paulo e no Rio de Janeiro é impensável. E, como nós, árbitros de outros Estados também sofrem!

Seria uma boa solução: a Comissão de Árbitros da CBF apadrinhar as Comissões Estaduais, fortalecendo-as e impedindo que sejam alvo das paixões clubísticas caseiras, determinando que nos jogos entre equipes do mesmo Estado, toda a equipe de arbitragem seja desse Estado.


Se a CA-CBF quer árbitros qualificados em seus quadros devem apoiá-los em seus Estados de origem e durante toda a temporada. Esta medida com certeza agregaria muito valor ao quadro de árbitros Nacional. Aí sim, surgiriam mais nomes e opções nas escalas.

Para as CEAF´s regionais oportunidade de desenvolvimento de seu quadro de árbitros e blindagem contra os maus dirigentes.

Um abraço a todos!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

“A máfia da federação mineira chegou!”



 “A máfia da Federação Mineira chegou” são palavras de alguns torcedores, dirigentes, imprensa, árbitros...ávidos por criticar a arbitragem, dentro de suas paixões inconsequentes.
Mas essa reação ocorre, principalmente, por culpa da arbitragem. Quando falo arbitragem, quero dizer: árbitros, dirigentes e comissões em todas as hierarquias. Pois, suas ações não consideram as expectativas e necessidades de todas as partes envolvidas no futebol.
Todo trabalho, projeto, planejamento têm mais condições de obterem sucesso se são compartilhados e conhecidos por todos os envolvidos.
Por isso, sou a favor da realização do Congresso Técnico da Arbitragem. Um encontro exclusivo para se discutir a situação atual da arbitragem e rumos futuros. No qual a arbitragem irá se apresentar para o meio futebolístico. Demonstrando sua realidade atual, seu trabalho, sua preparação, sua formação, suas metas e objetivos. Depois todas as partes envolvidas irão expor sua visão e expectativas quanto à arbitragem. Feito isso, a arbitragem formata seu planejamento, divulga e executa suas ações.
Quando conhecemos alguém nossas críticas tendem a ser mais racionais e construtivas. Em nosso caso: se os dirigentes soubessem como é nossa dificuldade em ter local para treinamento físico; e os torcedores que não somos profissionais, com dedicação exclusiva; como o árbitro se prepara para atuar, se não tem acesso aos estádios; a imprensa se temos atendimento médico quando nos lesionamos; enfim, se soubessem das enormes dificuldades em ser árbitro, teriam as mesmas opiniões?
A arbitragem tem de sair do casulo! Entender que somos prestadores de serviços, em um ambiente econômico, que movimenta cifras milionárias e buscar a excelência. Mas, sem abrir mão da sua importância e papel na condução do futebol. Em ser independente, imparcial e justa.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Banana para tudo que não presta!


Banana !? Ah...tá na moda!. 
Deixou de ser apenas uma bela fruta a tempos. Aparece nas receitas para emagrecer; serve para o inocente gesto de dar "banana" pra alguém; os bananas de pijamas são um sucesso; se diz das pessoas sem iniciativa; lembra aquelas medrosas e agora, também, para se menosprezar as minorias.
Mas não quero falar de racismo, pois o Daniel Alves deu um show de altivez ( 10 a zero né!!!).
Então, peço licença para me apropriar do seu gesto, para dar uma banana para tudo que não presta! E apresentar as atitudes das pessoas bem sucedidas.

Vamos dar uma banana para o acaso!
As pessoas bem sucedidas sabem o que querem, têm objetivo claro e definido. Se organiza e busca suas metas.

Vamos dar uma banana para as críticas!
As pessoas bem sucedidas pensam antes de falar. Valoriza o outro e aprecia seus pontos fortes e fracos.

Vamos dar banana para a perda de tempo!
As pessoas bem sucedidas buscam conhecimentos, habilidades e têm atitude para começar, já.

Vamos dar uma banana para a inveja!
As pessoas bem sucedidas apreciam as conquistas alheias, elogiam sinceramente e se sentem, orgulhosamente, responsáveis.

Vamos dar banana para a intolerância!
As pessoas bem sucedidas têm mente aberta para aproveitar as oportunidades, em todos as circunstâncias: boas ou más.

Vamos dar uma banana para a preguiça!
As pessoas bem sucedidas têm o hábito de prestar mais serviços do que prometem. Buscam a excelência sempre.

Vamos dar banana para a incredulidade!
As pessoas bem sucedidas têm espírito de agradecimento a tudo e a todos. Oferecem a Deus.

Uma banana, digo, uma abraço a todos!